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Jesus, o Maravilhoso Conselheiro

  • Foto do escritor: THE LAMPSTANDS
    THE LAMPSTANDS
  • 3 de fev.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 13 de fev.



A profecia em Isaías 9:6 revela quatro títulos poderosos para Jesus, o Rei Messiânico prometido:"Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz."


Esses títulos de Jesus são familiares para muitos, mas já consideramos verdadeiramente sua profundidade e significado? Eles podem moldar a forma como vivemos, pensamos e acreditamos?


Neste blog, vamos explorar Jesus como o Maravilhoso Conselheiro, conforme retratado no Livro de Hebreus, e inspirados nos insights do Dr. Timothy Keller em seu episódio de podcast , Wonderful Counselor.


Por que Precisamos de Conselho?


O livro de Hebreus nos ensina: não podemos passar pela vida sem conselho. Não conseguiremos atravessar o deserto deste mundo sem encorajamento e orientação diária.


"Cuidem, irmãos, para que nenhum de vocês tenha um coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, exortem-se mutuamente todos os dias, durante o tempo que se chama ‘Hoje’, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado." (Hebreus 3:12-13)


Esse trecho faz referência à jornada de Israel no deserto. Antes de entrarem na Terra Prometida, os israelitas lutaram contra suas dúvidas e medos, apesar de terem testemunhado os milagres de Deus no Egito. O deserto testou sua fé, confiança e resistência, e muitos falharam nesse teste, afastando-se de Deus.


Assim como os israelitas, o autor de Hebreus adverte os cristãos da época para não cometerem o mesmo erro. Ele enfatiza que este mundo é um deserto espiritual, repleto de provações e desafios que, se não estivermos vigilantes, inevitavelmente endurecerão nossos corações. Sem fé e encorajamento diário, isso não é apenas uma possibilidade—é uma certeza.


A Vida Como um Deserto Espiritual


O deserto bíblico não era uma floresta exuberante, mas sim uma terra seca e árida, onde a sobrevivência era extremamente difícil. No Egito, os israelitas tinham alimento, mas no deserto Deus parecia distante. Eles tiveram sede, enfrentaram dificuldades e duvidaram.


Isso continua sendo verdade para nós hoje—mesmo em tempos de riqueza e prosperidade, e muitas vezes ainda mais nessas circunstâncias. As maiores bênçãos da vida—família, sucesso, riqueza e amizades—são coisas maravilhosas, mas não podem satisfazer completamente nossas almas. Assim como o deserto não podia sustentar a vida, as coisas deste mundo não podem sustentar os desejos mais profundos do nosso coração.


Como o Dr. Keller explica de forma perspicaz:

“Assim como no deserto literal, também neste mundo, família, sucesso profissional, dinheiro, amizades e todas as coisas que tornam a vida feliz e realizada não serão capazes de satisfazer as necessidades mais profundas do seu coração.”

Mesmo a vida em seu auge não saciará nossa sede mais profunda. Se colocarmos nossa esperança em qualquer coisa deste mundo, estamos condenados à morte espiritual.


Assim como Deus parecia distante no deserto, muitas vezes sentimos que Ele está longe durante nossas provações. Os israelitas testemunharam os milagres de Deus no Egito, mas no deserto, Sua presença parecia ausente. Da mesma forma, as vezes clamamos a Deus por ajuda, mas nem sempre ouvimos uma resposta imediata. O fato é que Deus vê o quadro completo e sabe o que é melhor para nós. Por isso, Ele nem sempre age conforme esperamos—e isso pode tornar a fé desafiadora.


O Perigo de um Coração Endurecido


Sem conselho constante, encorajamento e verdade, corremos o risco de nos tornar cínicos, amargos e sem esperança. O escritor de Hebreus adverte: "Não endureçam os seus corações, como aconteceu na rebelião do deserto."


Um coração endurecido para de confiar, para de esperar e para de crer. A única maneira de se proteger contra isso é através do encorajamento e do conselho diário. Sim, mais uma vez, diariamente.


Jesus: O Maravilhoso Conselheiro


Em João 11, Jesus comparece ao funeral de Seu amigo Lázaro. Suas duas irmãs, Marta e Maria, se aproximam de Jesus separadamente, mas dizem exatamente as mesmas palavras: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido."


Jesus responde de duas maneiras muito diferentes:


  • Para Marta, Ele responde com verdade: "Eu sou a ressurreição e a vida." Ele tira o coração de Marta da dor e o fortalece com Sua própria força, oferecendo verdade e segurança.


  • Para Maria, Ele responde com lágrimas: "Jesus chorou." Ele permite que a dor de Maria O alcance, entra no sofrimento dela e simplesmente chora com ela.


Jesus é tanto aquele que ensina a verdade quanto aquele que chora conosco. Ele é igualmente comprometido com a verdade e a compaixão. Ele é o Maravilhoso Conselheiro, equilibrando perfeitamente verdade e compaixão, graça e correção, justiça e misericórdia. Seres humanos não podem sobreviver sem ambos. Às vezes, para crescer, precisamos da verdade dura—um empurrão para frente, mesmo que doa. Outras vezes, precisamos de alguém que simplesmente sente ao nosso lado, chore conosco e não diga nada. Ambos são necessários porque:


  • Verdade sem lágrimas é brutal—não ouviremos por completo.

  • Lágrimas sem verdade são apenas sentimentalismo—não nos transformarão.


Jesus é o Conselheiro que nossos corações desesperadamente precisa. Como o Dr. Timothy Keller descreve belamente, Seu ministério é o equilíbrio perfeito entre verdade e lágrimas.


Por Que Jesus é o Perfeito Conselheiro?


Hebreus 4:15 diz: "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém sem pecado."


Jesus nos entende porque viveu como um de nós. Ele sofreu fome, rejeição, traição, tristeza e dor física. Foi zombado, espancado e crucificado. Ainda assim, nunca pecou. Através de tudo isso, Ele permaneceu fiel, tornando-Se o único que compreende plenamente as nossas lutas, ao mesmo tempo em que nos dá a força para superá-las pela fé Nele. Sua soberania nos capacita a caminhar pelo deserto com coragem inabalável e resiliência.


Alguns podem argumentar que, se Jesus nunca pecou, como Ele poderia realmente nos entender? Se Ele era perfeito, como poderia se colocar no nosso lugar? A verdade é que muitas vezes temos dificuldade em sentir empatia pelos outros por causa do nosso próprio pecado. É o nosso egoísmo, autopiedade e egocentrismo que nos impedem de verdadeiramente nos colocar no lugar do outro. Mas Jesus é amor perfeito. Não há barreiras Nele—nada que O impeça de compreender plenamente e sentir profundamente a nossa dor.


Jesus não nos condena, mas também não ignora o nosso pecado. Ele diz:"Eu não te condeno. Agora, vá e não peques mais."


Esse é o coração da verdade de Jesus: não um amor condicionado ao nosso comportamento, mas um amor que transforma o nosso comportamento.


Como Recebemos Esse Aconselhamento?


  • Através da Salvação: Jesus não é apenas um exemplo; Ele é o nosso Salvador. Aceitar Seu amor transforma o coração.


  • Através da Comunidade Cristã: Hebreus 3:13 nos ordena: "Encorajem-se mutuamente todos os dias." Precisamos de amizades piedosas que nos desafiem e fortaleçam.


  • Através da Perseverança: Assim como Jesus suportou o sofrimento, somos chamados a confiar no tempo e na provisão de Deus, mesmo quando Seu plano está além da nossa compreensão.


Um Chamado ao Encorajamento e à Fé


A vida pode parecer um deserto vasto e incerto, mas não precisamos enfrentá-lo sozinhos. Jesus, nosso Maravilhoso Conselheiro, caminha conosco em cada luta, equilibrando perfeitamente verdade e compaixão. Ele corrige com amor, conforta com ternura e nos guia com fidelidade inabalável.


Nunca fomos feitos para caminhar sozinhos nesta vida. Quando andamos perto de Jesus e nos cercamos de uma comunidade de fé—pessoas que falam a verdade, estendem a graça e nos lembram das promessas de Deus—encontramos a força para perseverar.


Portanto, sejamos intencionais em encorajar uns aos outros. Vamos lembrar uns aos outros da esperança que temos em Cristo, levantando-nos mutuamente em amor. Não importa o que está por vir, podemos ter confiança—Ele está conosco em cada passo do caminho.

 
 
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