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Laodiceia, a igreja morna: Lições sobre Orgulho e Dependência

  • Foto do escritor: THE LAMPSTANDS
    THE LAMPSTANDS
  • 14 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de jan.




Você já leu os livros proféticos, como o Livro do Apocalipse, e ficou confuso? Os capítulos do Apocalipse podem ser tanto fascinantes quanto desafiadores, especialmente por conta de seu rico simbolismo e metáforas complexas. Entre suas muitas lições, as cartas às sete igrejas se destacam como instruções atemporais para a fé e a conduta.


O Apocalipse contém sete cartas dirigidas a sete igrejas da Ásia Menor (atual Turquia): Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. Pronunciadas por Jesus e registradas pelo apóstolo João, essas cartas destacam os pontos fortes e as falhas de cada igreja, instando-as ao arrependimento e à fidelidade.


Por que essas sete igrejas foram escolhidas para receber a mensagem apocalíptica de Cristo?


Por Que Essas Sete Igrejas


As sete igrejas foram provavelmente escolhidas por sua localização estratégica ao longo de uma importante rota comercial que conectava as cidades mais populosas e influentes da Ásia Menor. Essa posição garantiu que a mensagem de Cristo pudesse se espalhar amplamente por toda a região.


No entanto, o significado dessas cartas vai além dessas igrejas específicas. Os desafios e instruções dados a elas simbolizam questões que podem ser aplicadas a todas as igrejas, tornando-as relevantes para cristãos e congregações nos dias de hoje. Alguns estudiosos até acreditam que as sete igrejas representam “diferentes eras” do cristianismo ao longo da história.


Neste blog, vamos focar na última igreja abordada por Cristo— a igreja de Laodiceia. Muitas vezes referida como a “igreja morna,” Laodiceia serve como um poderoso exemplo dos perigos do orgulho, da autossuficiência e da complacência espiritual.


Laodiceia: Uma cidade de riqueza e independência


Localizada no Vale de Lico, no sul da Frígia, Laodiceia era uma cidade rica e influente, conhecida por seus têxteis, bancos e avanços médicos. Sua escola de medicina, famosa por seus colírios, e a produção de luxuosos tecidos de lã preta contribuíram para sua prosperidade.


Após um devastador terremoto em 60–61 d.C., Laodiceia demonstrou sua imensa riqueza e autossuficiência ao recusar ajuda romana e reconstruir a cidade com seus próprios recursos. Essa atitude de autossuficiência definia tanto a cidade quanto sua igreja.


Curiosamente, o nome Laodiceia vem de palavras gregas que significam “povo” e “julgar ou decidir,” refletindo a cultura de independência e autogoverno da cidade.


Apesar de suas forças e orgulho, Laodiceia tinha uma falha gritante: sua oferta de água.


Água morna, fé morna


Laodiceia não tinha uma fonte natural de água e dependia de água transportada de fontes termais em Hierápolis, a vários quilômetros de distância. A água começava quente, mas chegava a Laodiceia morna, rica em minerais e desagradável ao paladar.


Jesus usou isso como uma metáfora para a igreja, dizendo:


"Conheço as suas obras; sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e está nu."


Assim como a água da cidade era desagradável e pouco refrescante, também era a fé da igreja—nem apaixonada nem completamente distante, mas indiferente. As palavras de Cristo indicam que ser morno é pior do que ser completamente frio.


Uma cidade com tudo, menos Cristo


Laodiceia foi a única igreja que Cristo não elogiou. Ao contrário de outras igrejas, ela não foi repreendida por corrupção moral ou erros doutrinários. Em vez disso, Cristo condenou sua fé morna e complacência espiritual.


Apesar de sua riqueza, bancos e indústrias, Jesus declarou que eram espiritualmente “pobres, cegos e nus.” As mesmas coisas que lhes davam orgulho se tornaram sua ruína. Sua autossuficiência e a crença de que “não precisavam de nada” os cegaram para sua profunda necessidade espiritual de Cristo.


O perigo da autossuficiência


Laodiceia nos lembra de uma verdade atemporal: a autossuficiência é uma armadilha espiritual. Quando confiamos em nossas próprias realizações, recursos ou habilidades, corremos o risco de perder nossa dependência de Jesus. Uma mentalidade autossatisfeita é um dos lugares mais perigosos para estar—ela alimenta a complacência e nos distancia da verdadeira fonte de força e propósito.


Como Jesus adverte em Sua carta a Laodiceia, não podemos prosperar espiritualmente sem Ele. Ele nos chama a rejeitar a fé morna e buscar a Ele de todo o coração.


Um desafio para hoje


A igreja de Laodiceia oferece uma lição poderosa para todos nós. O orgulho, a riqueza e a independência podem nos cegar para nossa dependência de Jesus. Não importa o quão bem-sucedidos possamos nos sentir, nossa verdadeira força vem somente d’Ele.


Reserve um momento para refletir: Sua fé está morna ou está totalmente comprometida com Cristo? Existem áreas em sua vida onde a autossuficiência substituiu a dependência d’Ele?


A história de Laodiceia não é apenas um aviso—é um convite. Jesus nos chama a confiar nele, rejeitar a complacência e reacender uma fé vibrante e viva. Vamos tentar responder a esse chamado hoje.

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